Ao final da tarde, mas com a luz ainda bem forte, olhei para a Lua. Estava quase cheia, e havia pequenas nuvens brancas por perto. Reparei depois que o branco intenso das nuvens era idêntico ao da Lua. E ocorreu-me que nela teria nevado, ficando coberta por um manto branco, com algumas depressões ligeiramente acinzentadas. Era um cenário plausível se a lua fosse uma bola mais pequena e girasse dentro da atmosfera terrestre. Ela está bem longe, eu sei, longe do alcance do ar e da chuva. Mas perto da imaginação. Ou dentro dela, se quisermos, num território onde tanta coisa pode acontecer.
- do projeto Anuário de banalidades -