setembro 29, 2021

Exposição de Santiago do Cacém

 
A exposição "Mudar de pele" continua patente ao público em Santiago do Cacém, na Sala Multiusos de Fundação Caixa Agrícola Costa Azul, no Largo do Pelourinho. Até 16 de outubro, de 5.ª a sábado, das 14h às 18h.

Atividades

setembro 27, 2021

BBBF - Richard Ray Farrell

 
Estive na 10.ª edição do Baixa da Banheira Blues Fest, que decorreu ao ar livre na Moita, evento que antecede as Blues Nights, concertos mensais de blues que acontecem, esses sim, na Baixa da Banheira. Tive o privilégio de assistir a um concerto de Richard Ray Farrell, excelente compositor, cantor e instrumentista (de guitarra acústica e elétrica e harmónica).

- Outras artes -

setembro 23, 2021

A superfície das coisas



É no próximo sábado, dia 25 às 16h, na Biblioteca Municipal de Setúbal, a apresentação deste meu livro de poesia. Trata-se duma obra introspetiva, com abordagens muito pessoais sobre assuntos que, dum modo ou doutro, a todos dizem respeito, ou todos tocam. 

Ligar-me às palavras 
E por elas ligar-me a tudo
Aí reside a grande magia

Atividades

setembro 19, 2021

Andando a pé

Ontem foi a inauguração da exposição em Santiago do Cacém. Apareceu pouca gente mas correu tudo bem, e estou muito agradado com o resultado. Mas ontem não me apeteceu escrever sobre isso e hoje não vou escrever mais do que isto. Depois farei um catálogo digital da exposição. Do que quero escrever agora é dos quase 16kms que andei hoje, 6 de manhã e quase 10 de tarde e princípio da noite. Mas mais do que falar dessas passeatas, vou falar das piracantas que vi carregadas de bagas à beira da estrada, umas de cor vermelha, outras de cor laranja e outras ainda amarelas. Cachos e cachos delas que faziam vergar os frágeis ramos dos arbustos.


Às vezes apetece-me pintar, agora apetece-me não-pintar. Em não-pintar são possíveis tantas outras coisas, coisas que poderei fazer nos próximos dias, como andar a pé e olhar para as flores e para os frutos. Ou olhar para a Lua, que vai estar cheia amanhã ou no dia seguinte. Ou... sei lá que mais para me aliviar das muitas horas que pintei nas últimas semanas.

do projeto Sincrónicas e anacrónicas

setembro 15, 2021

Montagem de exposição

Hoje foi um dia muito especial. Estive com três bons amigos a montar a minha mais relevante exposição de pintura até ao momento. Inaugura daqui a três dias na Sala Multiusos da Fundação Caixa Agrícola Costa Azul, em Santiago do Cacém. A sala tem mais de 11 por 8m e uma altura de cerca de 6. Fui no carro da minha mulher com o Joaquim, onde ia também um expositor de madeira (feito por mim para mostrar trabalhos de pequenas dimensões), na mala e sobre os bancos de trás rebatidos. Numa carrinha alugada foram o Paulo com o José Luís, levando doze telas e treze trabalhos sobre tecido. Todas as obras são de grandes dimensões, sendo que nenhuma tem menos de 1,40m e algumas têm perto de 3m. Um bico de obra para a montar, não fosse a logística bem preparada e a preciosa ajuda. Aliás, não só hoje, como também ontem, com a acomodação das obras e material de apoio na carrinha. Tudo correu bem, depois duma viagem de cerca de 110kms. Da parte da manhã foram montadas as telas, almoçámos no agradável pátio da fundação, e da parte da tarde montámos os tecidos. Presos por cima com ripas finas e molas metálicas de orelhas, os tecidos exigiram cuidados especiais, sobretudo os dez que ficaram pendurados por arames em vigas metálicas que atravessam a sala a 4m de altura. O escadote disponível era bom mas pequeno para o efeito. Houve que puxar pela cabeça para fazer passar os arames e depois pendurar os trabalhos neles. O aspeto final foi surpreendente e grande a satisfação de todos, incluindo da jovem Lícia, simpática funcionária da fundação. 
Para ver a exposição convém lá ir, entre 18 de setembro e 16 de outubro, mas só às quintas, sextas e sábados, das 14h às 18h.

do projeto Sincrónicas e anacrónicas

setembro 13, 2021

Frases de campanha

A poucos dias das eleições autárquicas, deu-me para atentar nos cartazes das campanhas que por aí andam. Que pobreza de frases! Que pobreza de intenções! Que desarrumos em tantas cabeças! Que fotografias más! Que exibicionismos de feira reles! Que folclore decrépito! Podia dar exemplos, e bastaria que fossem apenas do município onde moro. Mas para quê se são deprimentes de tão vazios? E até podia mudar as frases dum partido para outro que não se notaria. Se vou votar? Acho sim, mas não será por aquilo que se diz e se mostra nesses cartazes ou nos folhetos que por aí se distribuem. Será por um pressentimento do género Talvez este seja menos mau do que aquele. 

do projeto Sincrónicas e anacrónicas

setembro 10, 2021

Autorretrato quádruplo


Deu-se a feliz coincidência de ter dois espelhos encostados no ateliê e um autorretrato refletido neles. Assim, pode dizer-se que esta foto regista quatro autorretratos.

Reflexos e sombras de mim

setembro 07, 2021

Trecho do Estuário do Sado

Fotografia tirada na Reserva Natural do Estuário do Sado, perto do moinho de marés da Mourisca. Vê-se o lamaçal típico dos esteiros do estuário, estando maré-baixa. Ao fundo e ao centro vê-se o perfil do Monte de Palmela, sobre o qual está o castelo.

coisas por aí...

setembro 04, 2021

Escrever, pintar e viver

Tenho tantas ideias de tanta coisa para escrever e pintar, mas muitas vezes prefiro afastar-me do computador e das telas. São muitas as vezes que prefiro dar prioridade à vida, movimentar-me, andar fora desse mundo doido de criar, sobretudo quando isso mais me consome do que alimenta. Clarice Lispector, que tanto admiro, dizia que só se sentia viva quando escrevia, e que estava morta quando não escrevia. Pois eu sinto-me muito vivo quando não pinto nem escrevo, e quando nem sequer ando preocupado com isso. Quando penso no que pintar ou escrever, como que viajo, sim, como que construo universos interiores; quando pinto ou escrevo, vivencio o que do pensamento e dum sentir vasto está a passar para algo que se concretiza. Isso nem sempre é agradável, mas procuro que o resultado me agrade. Viver é estar aqui fora, como que fora de mim, já que o meu dentro por vezes me cansa. Criar é voltar-me para dentro, não que o viver me canse, mas por uma razão qualquer enigmática, que prefiro assim se mantenha: enigmática. Poderia escrever cem ou duzentos livros, tenho ideias para isso; poderia pintar mil ou dois mil quadros, também tenho ideias para isso. Mas muitas vezes me afasto dos devaneios da arte! Preciso de normalidade. Outras vezes lanço-me que nem um doido à anormalidade da arte.

do projeto Sincrónicas e anacrónicas