junho 28, 2022

Quando alguém me olha de cima

Quando alguém me olha de cima dá-me a oportunidade de o ver de baixo. 

- Frases soltas -

junho 27, 2022

Quando alguém me olha de baixo

Quando alguém me olha de baixo, baixo-me para nos vermos melhor.


- Frases soltas - 

junho 19, 2022

Uma experiência inesquecível

Há dois anos e meio, no mês de dezembro, estive numa pequena formação sobre som e áudio no Conservatório Regional de Palmela, que me foi sugerida pelo meu amigo Vítor, engenheiro de som. Gostei imenso do que vi e ouvi e fiquei encantado com os conhecimentos e a experiência do palestrante: José Fortes. Faz parte das minhas recordações, desde adolescente, ver o seu nome escrito em vários dos discos de que mais gosto, seja pelas músicas em si, seja pela qualidade das gravações. Após a palestra fiquei com o seu contacto, e passadas poucas semanas liguei-lhe para lhe falar da minha intenção de escrever um livro sobre a Banda do Casaco. Adorou a ideia e ficámos de nos encontrar e de apresentar a ideia ao Nuno Rodrigues, mentor e cérebro da banda. Entretanto, em março instalou-se por cá a pandemia de covid-19 e o encontro foi adiado até não sabermos quando. Fomos mantendo contacto através de telefonemas e de meiles. Entretanto, ao covid juntaram-se problemas de saúde, quer do José Fortes, quer do Nuno Rodrigues, e o encontro foi sendo adiado até… não sabermos quando. Entretanto, dois anos e meio depois, ou seja, na semana passada, fiz umas miniférias de quatro dias com o meu amigo José Luís, pelas bandas de Torres Vedras - Tomar - Caldas da Rainha. Tinha três ideias em mente: quebrar a minha rotina de trabalho, dar umas voltas por aquelas bandas e visitar o José Fortes, que vive perto do Cadaval. Esta visita aconteceu no primeiro dia da viagem, a 10 de junho. Chegámos perto das 13h e, depois de uns calorosos cumprimentos, seguimos para um restaurante no Bombarral onde, durante o almoço, começámos a ouvir lições e histórias de uma vida dedicada à captação e emissão de som. Duas horas depois estávamos no seu estúdio móvel, dentro duma carrinha, e aí ficámos até perto das 20h. Ou seja, estivemos cerca de cinco horas dentro do estúdio, deliciados com as palavras do José Fortes e com o som que saía das colunas do seu equipamento. Gravações dele e não só foram autênticas revelações para nós, fosse de discos que levámos ou de gravações que ele tem no computador ligado ao sistema de áudio do estúdio. Muito daquilo que ouvíamos, mesmo já conhecendo, era como se ouvíssemos pela primeira vez, dada a nitidez dos sons. Mesmo os discos da Banda do Casaco que eu levei não tinham o som que nos foi dado a ouvir a partir da digitalização das fitas originais. Parecia que a banda estava à nossa frente, a tocar e a cantar sem qualquer equipamento de reprodução de som. Obviamente, não cabe numa crónica destas dimensões registar tanta coisa encantadora que vivenciámos nessa tarde inesquecível. A intenção de escrever o livro foi reavivada, mas também percebi o quão complexa será tal tarefa.


- do projeto Sincrónicas e anacrónicas -


junho 16, 2022

José Fortes


José Fortes, técnico de som, 
79 anos, grava desde os 18. Mais de 1200 discos gravados. Um ouvido sublime, uma sensibilidade fora do comum para as coisas do som, e não só. Ouvi-lo e ouvir gravações suas no seu estúdio foi um grande privilégio e uma experiência inesquecível.

- Pessoas - 

junho 13, 2022

PoemAteu

EU cresci, tornei-me EUS
EUS crescemos, tornámo-nos DEUS
DEUS cresceu, e ADEUS
Foi embora

- do projeto Poemas com e sem penas -

junho 10, 2022

Ainda bem que alguém lembra


Este cartaz, colado numa caixa de eletricidade e já gasto, lembra que "Deus ainda cura". Ainda bem que o faz, pois anda muita gente descrente das capacidades de Deus. A frase surge em estilo publicitário, como que apelando para uma promoção, do género "aproveite enquanto dura".

- coisas por aí... -

junho 08, 2022

O meio-sono

Essa coisa estranha do meio-sono conduz-me a pensamentos soltos, quero dizer, livres e descontrolados, que se criam a si mesmos e se vão por si mesmos. Com o álcool isso também acontece, mas não gosto de o usar como motor de libertação de pensamentos. Aliás, uso-o pouco e, por norma, como complemento de algum alimento sólido. Outras drogas não conheço. De onde e como vêm, e como se apagam tantas vezes os pensamentos em estado de semissonolência, é um mistério de que gosto. Sinto tais pensamentos mais certeiros do que aquilo de que sou capaz. Trazem-me ideias, sensações ou coisas que não sei nomear, coisas que estão para além de mim e me esclarecem, sem que lhes peça que apareçam e me esclareçam. Mas são bem-vindos porque há neles algo de libertador.

- do projeto Sincrónicas e anacrónicas -

junho 05, 2022

Com lupa


Nos primeiros meses da pandemia, cumprindo o confinamento em casa, deu-me para pensar sobre a situação e escrever sobre ela. Mas também para brincar com algumas tontices, como esta: fotografar-me com uma lupa frente ao rosto.

- reflexos de mim -

 

junho 02, 2022

Pormenor em verde e branco


Esta imagem mostra um pormenor de um quadro em que estou a trabalhar. O quadro esteve vários meses num limbo algures entre o abandono e o logo-se-vê, já que o caminho que havia tomado aparentava ter chegado a um beco. Há dias voltei a olhar para ele e voltei a não saber o que lhe fazer. Mas numa sessão com uma modelo, em poucos minutos nos ocorreu como lhe dar a volta. Aqui está o resultado, para já só de um pormenor.

- Pormenores de quadros -