O vírus do covid-19 apanhou-me, dois anos e meio depois de andar a fazer estragos pelo país e de eu andar a tentar escapar-lhe. Passou-mo a minha mãe, sem que se soubesse que ela estava infetada. Ela esteve quatro noites no hospital, prostrada, quase em coma, com febre que chegou aos 40 graus. Eu tenho estado a passar os dias entre a casa e o ateliê, sem me encontrar com ninguém, como mandam as regras. O que eu tenho é tosse, tosse e tosse, mais nada. Dói-me a garganta e estou rouco. Quando espirro parece que passam pedaços de vidro pelas goelas. Hoje, quatro dias depois dos primeiras tosses, parece que a coisa está a abrandar. Veremos...
- do projeto Sincrónicas e anacrónicas -