maio 28, 2024

A vida avança - Su Dongpo

A vida avança, é tempo de decisões
Será melhor ainda este infatigável labor
Ou o repouso e a paz?

Por que não meter as mãos dentro das mangas
E, preguiçosamente, olhar apenas
O perpassar dos dias?

Que a saúde nos acompanhe num incerto porvir
Tranquilidade nos anos que nos restam
O prazer de uma taça de bom vinho

Excerto dum poema de Su Dongpo, poeta chinês do séc. XI.

- textos doutros autores -

maio 19, 2024

Com um pé no ar

 

Esta fotografia foi tirada perto de Freixo de Espada à Cinta, num dia de verão com sol muito intenso.

- sombras de mim -

maio 11, 2024

Um pequeno fenómeno

Esta crónica era para se chamar Descascando favas, mas ficou com outro título, já se verá porquê. Hoje comemos favas com entrecosto. É muito bom comermos as coisas próprias da época, porque é quando sabem melhor. Abril é época de favas, e cá em casa todos gostamos. Eu e o João, o nosso filho, descascámos seis quilos de favas. Quem sabe destas coisas sabe que depois o que chega à panela é pouco mais de um terço desse peso. Mesmo assim é provável que a tachada dê para meia-dúzia de refeições (não somos propriamente uns brutamontes a comer). Voltando ao descasque… Para este ser mais eficaz, é preferível fazê-lo com o bico da vagem virado para cima, pois é também para aí que está virado o olho da fava. Assim, o mesmo gesto abre a vagem soltando uma fava e retira-lhe o olho. Mas qual não foi o meu espanto quando numa vagem as favas estavam ao contrário!, ou seja, com o olho virado para o pé. Tirei uma, duas e três favas, e todas estavam assim. Mostrei ao meu filho e à minha mulher. A meio da vagem parei e ia preparar-me para fotografar ou filmar o descasque da outra metade. Contudo, nessa metade houve nova surpresa: as favas estavam na posição certa. Parece mentira, mas não, isto foi verdade verdadinha.

- do projeto Entre deuses e diabos -

maio 01, 2024

Salgueiro Maia - Vhils


No dia em que se comemoraram os 50 anos do 25 de Abril foi inaugurada esta obra de Vhils em Castelo de Vide, terra natal de Salgueiro Maia. Trata-se duma escultura em cimento com pouco mais de dois metros de altura por cerca de 40cm de profundidade, feita a partir duma famosa fotografia de Alfredo Cunha tirada no dia da revolução. 

- Coisas por aí -